quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Como tiro e edito as minhas fotos | Cravo e Canela

Esta é uma questão que me colocam frequentemente, com base no meu perfil do Instagram. "Como editas as tuas fotos? Que aplicações usas?".
Em primeiro lugar, eu não tenho uma câmara e 95% das minhas fotos são tiradas com o meu telemóvel. 
Antes de reflectirmos acerca de aplicações ou programas, é necessário aprender a ter alguns cuidados no momento de tirar a foto, visto que sem estes não há aplicativo que salve a foto. 

# Ter em conta a luz da foto ou seja se esta está contra o sol , se têm luz a mais ou a menos e experimentar vários ângulos até atingir o melhor equilíbrio conforme o equipamento e espaço que temos. Este pormenor fará toda a diferença na fotografia, visto que quanto maior e melhor qualidade de luz natural conseguirmos, melhor vai ser a qualidade da foto.

# Se possível centrar o objecto, ou pessoa. Este pormenor pode ser relativo consoante a foto que desejamos, no entanto quanto mais em proporção estiver a foto, mais bonita irá ficar. 

# Ângulos do objecto ou da pessoa.  Há ângulos em que não ficamos tão bem e outros que sem dúvida é o nosso melhor. Claramente devemos saber explorar o nosso melhor ângulo e não o pior. A mesma situação podemos aplicar a objectos e até paisagens. Um determinado objecto, por exemplo, de lado pode parecer super desinteressante ou nada bonito, contudo visto de cima há outra perspectiva, ou vice versa.   

# Construção de cenário. Este aplica-se quando tiramos fotos a pessoas e objectos, ou seja, um certo cuidado com a apresentação da foto. Isto, incluí o seu fundo e todos os pormenores desejáveis ou não que surgem na foto. Por vezes é necessário acrescentar elementos ao cenário, ou alterar ou retirar.  



Depois de ter em conta estes pormenores, e realmente obter uma foto natural com os melhores cuidados, passemos então à edição. 
Relativamente a esta, eu utilizo três aplicativos para fins diferentes: o Adobe Lightroom, o Snapseed e o Vsco

# Lightroom e Snapseed

Estas duas, têm como principal finalidade as correcções da foto.  Nesta parte estamos a incluir detalhes como : luz, brilho, saturação, contraste, definição, alteração da pigmentação da foto, detalhes, etc. 
Contudo, não utilizo quaisquer filtros destas duas aplicações, e dependendo das fotos e de como foram tiradas, e após estas correcções, nem todas as fotos necessitam obrigatoriamente de um filtro! 



# Vsco

Esta aplicação já é quase um clássico do playstore, contudo, para já ainda não descobri nenhuma aplicação com filtros que se equiparassem a esta. Esta aplicação, utilizo maioritariamente para os filtros, depois de já ter realizado as correcções necessárias, nos aplicativos anteriormente mencionados. Já utilizo a mais de um ano e foi precisamente a partir desta que senti necessidade de descobrir mais acerca da foto, antes de aplicar o filtro. 





Deixo aqui, algumas fotos "antes e depois" de edições realizadas com as aplicações referidas






Estas são as melhores dicas que vos posso dar, e acima de tudo não é necessário ter  um equipamento caro para obter boas fotos, nem ser profissionais. Basta saber investigar, ter paciência para aprender, e sobretudo divertirem-se com isso ! 


Susana Ribeiro



terça-feira, 18 de setembro de 2018

Meditação ? Yoga? | A minha pequena experiência

Os termos meditação e yoga, certamente já são comuns no vosso quotidiano justificado pela vanguarda de um estilo de vida mais saudável e equilibrado. Sublinho, equilibrado, pois é precisamente isso que procuramos alcançar com estas práticas. 
Tal como é do conhecimento de todos, tenho ansiedade crónica, tendo já várias vezes abordado o tema de forma pessoal aqui no blog. Por esse mesmo motivo, foi-me sugerido em paralelo com a medicação diária, o início destas duas práticas - meditação e yoga
Contudo, como em tudo na minha vida, sou curiosa! Gosto de perceber o que é, abordar, analisar e estes temas não foram excepção. 
Comecei com algumas aulas de yoga, a cerca de um ano atrás, e em simultâneo lí três livros acerca da prática e da sua relação com o stress, ansiedade e até depressão. (vou mencionar os livros, mais à frente)
No entanto, apesar do auxilio das aulas, optei por fazer a prática sozinha com apoio de canais de youtube e livros. 
Em primeiro lugar yoga e meditação não são a mesma coisa, e isso é um grande erro comum. A prática da primeira consiste em diversos exercícios de alongamentos de vários grupos musculares em conjunto com o controlo respiratório. Assim, a longo prazo alivia a tensão muscular proporcionando uma postura mais relaxada e correcta.
A meditação, é distinta do processo anterior, mas uma grande aliada,  não  podendo considerar uma exercício físico, mas sim mental, de uma conquista de atenção/concentração plena.
Sendo assim estas duas práticas são muito mais que uns minutos do nosso dia a dia, são um estilo de vida. 
Particularmente a segunda, a meditação, provocou em mim um grande desafio, que penso que muitos de nós desvalorizamos. A concentração. Actualmente, e falo por mim também, somos captados por um stress de um pensamento acelerado longe da plenitude e felicidade que é necessária para o sucesso pessoal e profissional. 
A meditação, requer paciência e prática, diária para que a longo prazo nos apercebamos dos benefícios diários, perante situações de pressão, problemas profissionais e familiares, e todos aqueles momentos em que a nossa vontade é disparar contra todos, aprendemos a respirar e a tomar melhor conta de nós próprios.

Este é apenas um resumo muito breve, acerca do tema. No entanto, vou passar a partilhar com vocês algumas dicas que usei como iniciante e outros benefícios que me foram surgindo. 

Posição Àrvore


Posição Guerreiro





Livros consultados:  Yoga Girl (Rachel Brathen), Mindfulness (Dr. Mark Wiliams e Dr. Penman), Autocontrolo (Augusto Cury), A Meditação (Philippa Faulks)




Susana Ribeiro




     

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Estou Licenciada, e agora?





Eis a questão que muitos outros jovens colocam. 
Por onde vou começar?

Terminei a minha licenciatura à cerca de dois meses, e ao longo destes quatro anos procurei sempre conciliar a universidade com um part-time, que me facultasse alguma independência financeira. 
Nunca fui, o típico ser humano que deixar-me levar pelo conforto e esperar no sofá pelas oportunidades. Hoje, posso afirmar que quando dá-mos início ao nosso percurso académico ainda existe uma certa e longa ingenuidade tanto na escolha da área, como quais realmente serão as reais perspectivas da mesma.
Apesar de há bastantes anos, sermos bombardeados por noticias de jovens insatisfeitos e desiludidos, nunca consideramos que na hora da verdade, anos depois, esse poderá ser o nosso lugar. 
Daí a infantilidade e utopia do pensamento "vou licenciar-me, vou estudar muito, vou gastar muito dinheiro em propinas, logo vou ter um trabalho com salário e direitos equivalentes ao meu esforço. É isso." 
Anos mais tarde, acordas de sono profundo e bates de frente com a realidade do mundo. Dás de caras com questões em que porventura esta até nem é a área que mais se adequa a ti, a licenciatura pode não te dar um salário melhor, e podes simplesmente não ter trabalho. A cruel sensação de estar ligeiramente perdida no mundo. 
Os dias em que mandas c.v. para vários locais e não obtens resposta, ou os dias em que a sugestão irónica da proposta sugere "5 anos de experiência na área" e tu és uma singela criatura que apenas acabou de pagar propinas e está disposta a apreender e seria matematicamente impossível essa situação, ou os dias em que te sugerem o salário mínimo com horas e turnos extraordinários (falando da minha área). Aí, ao final de três, quatro, ou cinco anos tu realmente perguntas "é isto?". É isto, a realidade e bem vindo a ela, independentemente se és licenciado ou não, criativo ou não, lutador, dinâmico e todas as possíveis qualidades, que aprimoras-te. 
Actualmente, e não digo isto em tom de frustração, ter uma licenciatura debaixo do braço é uma questão pessoal e não profissional.  Terminaste-a, tens mérito e orgulho, contudo a partir que a vida real começa, tu também começas, do zero a trabalhar na melhor empresa ou cargo da tua área, na caixa de supermercado, num restaurante que estavam a precisar de momento, ou numa loja ou fábrica em que a oportunidade surgiu. E como em tudo na vida, "fecha-se uma porta e abre-se uma janela".
Mas se a porta se fechar, és tu que vais abrir a janela e decidir abraçar a vida tal como ela é e não como tu sonhas-te. E quem sabe, ela não te surpreenda? 
A minha mãe, sempre me ensinou "a inteligência revela-se na capacidade sermos versáteis às mudanças".  E eu, não tenho medo de mudar.


Susana Ribeiro